Tenho o maior constrangimento em admitir e relutei em escrever sobre isso, mas tenho esperança de encontrar mães solidárias que, pelo menos uma vez na vida, já tenham se sentido assim.
Você deve conhecer, ou quem sabe já tenha ouvio falar, da história do médico e o monstro. Duas faces, opostas, da mesma pessoa. O lado bom, Dr. Jekyll (o médico), cria uma fórmula para tentar ajudar seu pai. Ao testar a fórmula em si mesmo, libera seu lado maligno, o monstruoso Sr. Hide, e sai fazendo maldades, sem dó nem piedade.
Não raro acordo de manhã sentindo o maior dos remorsos, por ter passado mais uma noite como a "sra. Hide". É. É bem assim que me sinto, uma mãe monstra. Durante o dia, apesar da falta de paciência e do mau humor muitas vezes estarem presentes, tudo corre normalmente. Sou uma mãe normal. Mas à noite, depois de levantar pela décima vez para ver porque minha filha está chorando, me transformo num ser ranzinza e muito, muito mal humorado. Seria capaz de vendê-la, ou dá-la, para quem estivesse disposto a levá-la. Está bem, não seria, mas reclamo e resmungo com ela como se estivesse falando com um adulto, que está se comportando muito mal apenas por birra e teimosia. Tenho vontade de deixá-la chorando, até cansar. E ela tem apenas 1 ano.
Eu sei. Sou uma mãe terrível. A crueldade em pessoa. Mas, tudo que eu quero é DORMIR! Só isso. Dormir. Três ou quatro horas ininterruptas. É pedir muito? Um dos meus pontos fracos é o sono. Diria até que é o meu calcanhar de aquiles. Quando estou com sono, nada importa. Tudo que eu quero é dormir. Trocaria meu reino, se tivesse um, por uma cama. Atire a primeira pedra quem já não teve seu dia estragado pelo cansaço. Fazer o quê! Não sou uma pessoa noturna.
Não, não estou exagerando. Podem perguntar para o meu marido, ele vai confirmar. E qualquer um que visse minha expressão no meio da noite diria que realmente me transformo. Não é a toa que uma das grandes lições que a maternidade me trouxe foi o exercício da paciência. E preciso praticá-la todos os dias, com afinco, pois tenho muito ainda a aprender. Mas já evoluí bastante, que fique registrado.
Apesar de tudo, não me julguem mal (já pedi isso, não?), por favor. Amo demais as minhas filhas e faço tudo por elas. Sempre farei. Só que às vezes elas me tiram do sério e eu surto mesmo! Pra logo depois morrer de culpa, mais uma vez.
Outro ensinamento preciosíssimo da minha mãe: "Isso vai passar. Elas mudam. Tudo são fazes e elas sempre passam." Quando estou à beira de um ataque de nervos, faço um esforço enorme para interiorizar esse ensinamento e tentar me acalmar. Afinal, é a mais pura verdade. Mas tenho que dizer que, de todos os desafios que vêm junto com os momentos mágicos da maternidade (sim, ser mãe é maravilhoso, acreditem!), as noites mal dormidas são as que mais me incomodam.
Os dicionários deveriam incluir "paciência" na lista de sinônimos de "mãe" e "pai". Se um dia conseguirem inventar um manual de "como educar seu filho" - mas um manual realista, escrito por mães e pais com prática e muitas, muitas horas de vôo - a paciência deveria constar na lista de pré-requisitos básicos, sem ela, nada feito. Eu teria que fazer cursos intensivos estendidos, para acumular carga extra. O melhor de tudo seria poder comprar na farmácia, sem receita médica. Paciência não teria contra-indicação, teria?
Se você não é mãe ou pai ainda, faça umas aulinhas de ioga, meditação, técnicas de respiração e relaxamento antes do nascimento. Assim já vai praticando. Porque, mesmo a mais calma das mães, surta de vez em quando. Tenho certeza. E nem tente fazer eu me sentir mais culpada ainda afirmando o contrário, não caio nessa. Posso ser uma mãe estressada, mas nem sempre. E tem um monte iguais a mim mundo afora... não tem??
Tenho esperança de um dia ser melhor vó do que mãe. Sempre dizem que as avós tem mais paciência com os netos do que tiveram com os filhos. Lá em casa é fato constatadíssimo. Minha mãe e minha sogra são ótimas avós, muito queridas e pacientes... e foram mães beeeeeem mais exigentes, se entendem o que quero dizer.
Espero que minhas filhas me entendam um dia. Meu consolo é que elas vão ser mães também.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Uma guerra na porta de casa. E se fosse com você?
Se fosse comigo, trancaria minhas filhas dentro de casa. Seria a primeira e mais urgente medida. Não deixaria nem chegarem muito perto das portas e janelas, que eu manteria de venezianas fechadas, inclusive.
Tentaria munir-me da maior coragem possível para ir ao super mercado, para comprar o maior número de mantimentos possíveis, porque, vai saber até quando essa guerra continuará... e faria de tudo para não precisar mais sair de casa.
Passaria o dia com a TV ligada e monitorando a internet, para saber cada passo que a polícia e os bandidos estariam dando, rezando, com todas as forças, para que entrasse logo um boletim ao vivo informando que o pesadelo estava prestes a terminar.
Ligaria a cada pouco para o restante da família, mãe, pai, irmãos, sogra e sogro, avó e cunhados, pra saber se estavam bem.
E, definitivamente, estaria aterrorizada, sentindo-me no meio da guerra do Iraque! Além de, inevitavelmente, ficar imaginando como seria se as coisas piorassem.
Se você é carioca e, por ventura, estiver lendo esse texto, poderá pensar que estou sendo exagerada. Pode até ser. Mas, assim como estou tentando me colocar em seu lugar, tente colocar-se no nosso, os não cariocas, que convivem diariamente com violência e bandidagem, mas não necessariamente vêem isso acontecer de forma tão violenta, num embate direto entre exército e bandidos, correndo e atirando na frente de nossas casas.
Eu, aliás, moro no interior do Rio Grande do Sul (serra gaúcha) e agradeço a Deus todos os dias por essa sorte, apesar de um dia já ter querido morar na capital. Mas, depois que temos filhos, damos valor redobrado à segurança e ao bem estar dos que amamos.
Ou poderá acontecer o contrário. Se você for um carioca que presenciou alguma das barbaridades que aqui só vemos pela tela, provavelmente irá dizer: "Você não viu nada! Não sabe da missa a metade. Não tem nem ideia do que seja morar no meio do terror." Então, serei obrigada a admitir: realmente só posso imaginar, não tenho ideia do que seja passar por isso de verdade. E tenho pavor só de pensar nisso.
Assistindo depoimentos de alguns moradores do Rio vi o imenso esforço que fazem para manterem suas rotinas, muitas vezes contra a própria vontade, em função do medo. Mas, mais do que medo, querem PAZ! Todos, moradores de zonas de risco ou não, todos querem uma solução - e URGENTE - mesmo que isso signifique colocar suas vidas ainda mais em risco. Que lhes resta? Confiar. Na polícia, no governo, na própria sorte, em Deus.
E resta-nos admirar sua coragem e confiança em dias melhores. Sim, porque todos os entrevistados, impressionantemente, mantém sua fé intacta. Resta a nós, os de longe, nos solidarizarmos, e continuarmos as nossas rezas e apelos para que isso não se torne um mal crônico do Brasil, se é que já não chegamos lá.
O Rio de Janeiro é, sem dúvida, uma cidade maravilhosa (já a visitei por duas vezes) e seus cidadãos bravamente continuarão lutando por ela, mesmo em dias tão sangrentos. Realmente lamentável terem que passar por isso. Realmente admirável a força que ainda demonstram ter.
* Leia também: Social - Intervenção Militar no Rio
Tentaria munir-me da maior coragem possível para ir ao super mercado, para comprar o maior número de mantimentos possíveis, porque, vai saber até quando essa guerra continuará... e faria de tudo para não precisar mais sair de casa.
Passaria o dia com a TV ligada e monitorando a internet, para saber cada passo que a polícia e os bandidos estariam dando, rezando, com todas as forças, para que entrasse logo um boletim ao vivo informando que o pesadelo estava prestes a terminar.
Ligaria a cada pouco para o restante da família, mãe, pai, irmãos, sogra e sogro, avó e cunhados, pra saber se estavam bem.
E, definitivamente, estaria aterrorizada, sentindo-me no meio da guerra do Iraque! Além de, inevitavelmente, ficar imaginando como seria se as coisas piorassem.
Se você é carioca e, por ventura, estiver lendo esse texto, poderá pensar que estou sendo exagerada. Pode até ser. Mas, assim como estou tentando me colocar em seu lugar, tente colocar-se no nosso, os não cariocas, que convivem diariamente com violência e bandidagem, mas não necessariamente vêem isso acontecer de forma tão violenta, num embate direto entre exército e bandidos, correndo e atirando na frente de nossas casas.
Eu, aliás, moro no interior do Rio Grande do Sul (serra gaúcha) e agradeço a Deus todos os dias por essa sorte, apesar de um dia já ter querido morar na capital. Mas, depois que temos filhos, damos valor redobrado à segurança e ao bem estar dos que amamos.
Ou poderá acontecer o contrário. Se você for um carioca que presenciou alguma das barbaridades que aqui só vemos pela tela, provavelmente irá dizer: "Você não viu nada! Não sabe da missa a metade. Não tem nem ideia do que seja morar no meio do terror." Então, serei obrigada a admitir: realmente só posso imaginar, não tenho ideia do que seja passar por isso de verdade. E tenho pavor só de pensar nisso.
Assistindo depoimentos de alguns moradores do Rio vi o imenso esforço que fazem para manterem suas rotinas, muitas vezes contra a própria vontade, em função do medo. Mas, mais do que medo, querem PAZ! Todos, moradores de zonas de risco ou não, todos querem uma solução - e URGENTE - mesmo que isso signifique colocar suas vidas ainda mais em risco. Que lhes resta? Confiar. Na polícia, no governo, na própria sorte, em Deus.
E resta-nos admirar sua coragem e confiança em dias melhores. Sim, porque todos os entrevistados, impressionantemente, mantém sua fé intacta. Resta a nós, os de longe, nos solidarizarmos, e continuarmos as nossas rezas e apelos para que isso não se torne um mal crônico do Brasil, se é que já não chegamos lá.
O Rio de Janeiro é, sem dúvida, uma cidade maravilhosa (já a visitei por duas vezes) e seus cidadãos bravamente continuarão lutando por ela, mesmo em dias tão sangrentos. Realmente lamentável terem que passar por isso. Realmente admirável a força que ainda demonstram ter.
* Leia também: Social - Intervenção Militar no Rio
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Lu Soares
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Vida e Cultura
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Bodas de Madeira. Quantos anos? Cinco
Falando assim não parece tão grande coisa. Você nem sabia que 5 anos de casamento são Bodas de Madeira, sabia? Nem eu. Alguém vai dizer: "Só cinco? Espera chegar nos 15 ou 35 pra ver como é..." Hahá - são cinco de casada, mas são DEZESSETE de namoro!!! Já dá pra invejar, não dá? Então, vou alfinetar mais um pouco: está melhor hoje do que no início. E não estou mentindo. Nem apelando. Nem exagerando. Começamos nossa história - eu e o Paulo - quando eu tinha 17 anos e ele 21. No 2o. ano juntos já tivemos uma prova de fogo - fomos morar no Japão por 6 meses, a trabalho, e lazer também, mas isso é história pra outro dia. Continuando... Voltamos de lá e abrimos uma pequena...tá, micro... agência de publicidade. Juntamos economias trazidas da viagem e nos jogamos de cabeça, sem paraquedas. Fomos pioneiros na cidade. Quando começamos ninguém sabia direito o que fazíamos. E, pra falar a verdade, nem a gente sabia. O Paulo tinha alguma experiência em jornal, e só. Aprendemos tudo do jeito mais difícil e demorado: fazendo. Foram muitas brigas e problemas porque o pessoal e o profissional ficavam completamente misturados. E é assim até hoje. Não apenas porque trabalhamos juntos, mas também porque trabalhmos em casa! Ou moramos no trabalho, como você preferir. Como nos aguentamos? Muitos casais nos pedem isso. Conseguimos construir uma coisa da qual tenho muito orgulho: RESPEITO! Claro que já rolou competição, mas isso foi no inicío. Hoje ficamos felizes um pelo outro, nas pequenas e nas grandes vitórias. Nos tornamos grandes cúmplices, amigos, admiradores mútuos, tanto no trabalho quanto em casa. Amadurecemos juntos e nos misturamos. Mesmo asssim, ainda somos a Lu e o Paulo, cada um com suas qualidades, defeitos, ambições, preferências, tristezas, alegrias. Não, já não transamos tanto quanto antes, é óbvio. Mas a qualidade melhorou bastante. Não dizem que é nas crises que surgem as melhores soluções? Pois é. Não temos uma crise, mas temos duas princesas - a melhor coisa que já fizemos juntos - que nos ocupam quase todo tempo livre. Temos que rebolar pra achar um tempinho pra gente, mas quando acontece é muito bom, mesmo que seja apenas pra ficarmos no sofá abraçadinhos, assistindo um filme. Continuamos tão namorados quanto antes, mas agora somos um pouco mais amantes...e isso é bem melhor que ser apenas marido e mulher. Para terminar, preciso dizer que sou uma pessoa bem melhor depois do Paulo. Menos estressada (e olha que ainda surto um monte, nem queira saber como era antes), menos tímida, mais desapegada, mais confiante, mais alegre, mais tolerante. Obrigada meu amor, por me ensinar a ser mais feliz.
Essa é nossa muito happy family, no dia da criança, passeando em Gramado. |
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Lu Soares
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Bolsas Lu Soares
Oi pessoas....acabei de postar algumas das minhas bolsas. Dêem uma espiadinha aí do lado. Tem algumas que já se foram e algumas que ainda estão por aqui. Espero opiniões a respeito. E, se por um acaso gostarem o suficiente para querer comprar, me avisem: luraimann@hotmail.com. Vamos negociar!
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Lu Soares
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15:58
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Minhas bolsas
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Que saudade de um livrinho!
E olha eu aqui de novo!!!!! 3 vezes em um só dia....uau! Nunca mais consigo fazer isso. Estou de saída, depois de costurar um pouco (iupiiii), mas antes queria escrever rapidinho sobre mais uma coisa que me deixa muito feliz - ler. Depois de pouco mais de um ano, estou conseguindo fazer isso de novo. Banhos tomados, janta terminada, louça lavada, sala relativamente em ordem...e pelas 22h/ 22:30h conseguimos, eu e meu amor, sentar no sofá. Aí, quando o sono deixa, leio um pouco. No momento estou me divertindo com um água com açúcar bem levinho e agradável - "Melancia", da Marian Keyes. Tenho o "Sushi" também, que, pra quem gosta desse gênero, acho que é ainda mais interessante. E há pouco li uma entrevista da Marta Medeiros, falando do novo livro "Fora de mim". Fiquei com uma pontada de tristeza, por não ter podido ir à Feira do Livro de POA, e saudade de ler um Marta Medeiros, que sempre é muito bom.
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Lu Soares
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16:22
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Lave a louça logo, ou será castigada
Outra coisa que bagunçou a minha semana: minha faxineira não veio! E adivinha: no dia anterior fui completamente relapsa e deixei a casa virada. A louça toda pra lavar (não tem nada que eu deteste mais do que lavar a louça e limpar a cozinha), a sala entulhada de brinquedos, roupa de cama pra trocar, uma montanha de roupa pra passar... "Ah, a Cordélia que me desculpe, mas vou aproveitar para descansar um pouco e ler". O castigo veio a galope....5a de manhã, minha fiel escudeira liga dizendo que o filho tinha adoecido e não poderia vir. Putz!! "Ok, sem problema. Fica tranquila que eu me viro. Não se preocupe." O que não tem remédio, remediado está (estou me sentindo a rainha dos ditados feitos hoje). Passei metade da tarde colocando a casa em ordem, e me arrependendo de não ter sido uma dona de casa mias aplicada no dia anterior. Você não acredita em castigo divino??? Olha lá, hein. Eu não brincaria com a Cára lá de cima...
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Lu Soares
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11:17
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"Ser mãe é ter culpa"... concordo em número, gênero e grau
Há algum tempo vi a entrevista de uma celebridade na tv - acho que foi a Fátima Bernardes ou a Cláudia Raia (se não foram, me desculpem as duas). O assunto era o de sempre - conciliar profissão (e nesse caso a fama que vem com ela) com marido, filhos, família. Parte da reposta: "...ser mãe é ter culpa". Pois é...meu marido sempre diz que sou muito boba por me sentir assim. Mas é exatamente assim que me sinto, com uma culpa que parece eterna, impregnada, encardida...pra sempre. Ai...é um peso no coração. Às vezes até fica mais levinha e consigo ignorá-la. Mas essa semana ela está me incomodando de novo. Tudo por causa de uma vontade tremenda de fazer o que gosto, e não consigo no momento. 2a feira foi feriado (15 de novembro) e minhas filhotas ficaram em casa. Na 4a feira à tarde, minha sogra (muito querida, preciso registrar aqui), babá da mais nova, teve médico. Mas uma tarde com elas em casa - deixai a mais velha também, já ela iria pra casa da vovó também e não pode. Adoooooro milhas duas lindas. São meu grande orgulho. Mas também gostaria muuuuuuuuuuuito de conseguir tocar minhas bolsas, mas atualmente a agência está precisando de ajuda extra e tem sobrado muito pouco tempo para minhas costuras. Já mencionei que eu e meu marido fazemos o possível para passar com as meninas o máximo de tempo que conseguimos. Mas não consigo não me sentir culpada e egoísta por desejar dar mais atenção a mim do que à elas. E a Júlia (a mais velha), como toda criança pra lá de perspicaz e manipuladora (é isso mesmo!! Vai dizer que seu filho não manda em você?!) se aproveita da situação pra fazer uma chantagemzinha bem conveniente, pedindo cólo, choramingando que ninguém brinca com ela, uma carinha de coitadinha...coisas básicas. Não, não consigo resistir!! Sei que devia ser craque em lidar com a situação, afinal já sou mãe de 2a viagem e ...blablablá, blablablá. Quem sabe quando elas tiverem vinte ou poucos anos, grandes, saudáveis, com namorados, pouco ligando para a mãe ou o pai...quem sabe daí eu me sinta melhor. Mas, por enquanto, a coisa tá ali, no meu calcanhar, pronta pra me surpreender quando eu menos esperar...a eterna culpa!!
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Lu Soares
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Será que eu me dicidi?
Eu bem que poderia ter feito uma enquete: "Qual design de blog você prefere? Escolha entre as 55 opções que seguem". Talvez tenham sido mais... Ai gente, sou geminiana. Isso significa que uma decisão quase nunca é simples. Sempre existem muitas possibilidades. Não é apenas branco ou preto. Macarrão ou arroz. Vestido ou calça. Filme de ação ou água com açúcar. Você tem que concordar que milhares de combinações podem ser feitas aí no meio...tudo depende do acompanhamento, do estado de espírito, da hora do dia...e sou bastante crítica no que se refere à combinação de elementos. E, acredite ou não, criar algo para os outros é mais fácil. Às vezes já conheço o cliente o suficiente para conseguir agradá-lo sem dificuldades ou, pelo menos chegar perto. E, se não for o caso, ofereço várias propostas e o cliente escolhe a que mais agrada. Já quando faço algo pra mim fico com zilhões de dúvidas. É que falar de mim é um pouco mais complicado. Todo mundo vai saber que gosto de uma coisa e não de outra, que faço isso e não aquilo... Já pensou ?? As pessoas podem tirar conclusões sobre mim...e podem ser ruins... Claro que sei que, se quisesse me esconder, deveria ficar longe de um blog, ainda mais de um que fala sobre mim. Mas esse é justamente o ponto: espero que aqui consiga perder um pouco o medo da opinião alheia. Já evolui bastante no assunto. Quem me conheceu com 10 anos sabe que, bastava alguém chamar meu nome em público, que eu quase morria. Ficava mais vermelha que um tomate maduro. Isso ainda acontece... mas hoje já consigo lidar melhor com a situação. Já consigo enfrentar e até dialogar. Depois de um certo tempo, já sou capaz até de pedir a palavra e dar minha opinião, por conta própria, sem ninguém pedir. Invejo aquelas pessoas que adoram ser o centro das atenções. Nunca entendi aqueles que se inscrevem para participar do Big Brother. E se forem escolhidos??? Deus me livre. E quem vai pra televisão pra lavar a roupa suja com o marido ou a vizinha... Isso definitivamente não é pra mim. Mas, quem sabe um dia ainda consigo participar de uma peça de teatro. Acho que até que vou incluir esse item na lista de "coisas a fazer até o fim da vida". O bom é que, enfim, consegui definir o lay out do meu blog. Essa decisão está sacramentada. Pelo menos temporariamente.
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Lu Soares
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12:01
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Muita forma, pouco conteúdo... por enquanto
Aiai...mal acredito que se passou uma semana desde que comecei esse blog. Nos meus planos já deveria ter escrito, pelo menos, umas 3 vezes até aqui. Não que eu não tenha me preocupado com esse espaço, pelo contrário. É uma novidade que tem ocupado bastante minha cabeça, mas acho q da forma errada. Pois é... Como trabalho com design e publicidade, acabo me preocupando muito com a forma como o blog é apresentado. Sabe...aparência, cores, lay out, onde vou colocar o quê...Mas, no fundo, no fundo, aposto que, quem anda por essas bandas pára muito mais pra ler o que se escreve, do que pra ver se o espaço é bonito ou não. Ou estou enganada? Mas, pra não dizer que fiquei só mexendo as coisas pra lá e pra cá, me preocupei também em colocar sites e links que considero legais. Incrementei um pouco aqui, um pouco ali...tá, não foi muita coisa, mas não consigo evitar. Primeiro preciso deixar a casa bonita e arrumada, depois vou conseguir relaxar e me dedicar mais às linhas. Até mais.
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Lu Soares
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13:51
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Não. Calma. Não sou louca
Pois é...Cá estou eu iniciando um blog sobre mim e meus surtos...Não. Calma. Não sou louca. Pelo menos não tão louca quanto o título aí em cima sugere. Deixem-me explicar: tenho 34 anos, sou casada, mãe de duas meninas (4 anos e 1 ano), tenho um pequena agência de propaganda com meu marido, onde trabalhamos apenas nós dois (sim, trabalhamos juntos e só não nos vemos quando estamos dormindo...e isso já acontece há 15 anos). Além disso, cuido da casa (meu marido ajuda, sim) e tenho um hobby - costurar bolsas de tecido - que estou tentando transformar em negócio, mas está difícil, basicamente porque falta tempo. Sim, eu sei. Sou apenas mais uma entre zilhões de mulheres pelo mundo afora que se multiplicam pra fazer tudo que querem. Não estou em absoluto dizendo que sou especial, longe de mim. Só estou dizendo que aí no meio já tem pelo menos cinquenta motivos para eu surtar todos os dias... Sim, mulher surtar é normal. Sei disso também. Se existisse uma Associação de Maridos que Aguentam Esposas Surtadas, seria uma das maiores entidades de classe no mundo. Só perderia para Associação de Maridos de Esposas que Surtam sem Motivo. Dessa, meu marido seria sócio-fundador. Por que os homens sempre acham que a gente surta sem motivo??? Pois é...por isso estou aqui. Há horas que estava pensando em escrever as coisas que se passam comigo de vez em quando. Compartilhar, botar pra fora, desabafar, filosofar....Quem sabe conseguir ver as coisas de outra perspectiva. Pensei em começar um diário...fizemos um, meu marido e eu, pra nossa filha mais velha. Funcionou bem no início. Do 2o. ano em diante a coisa começou a minguar. Quando nasceu a segunda, foi o fim. Aliás, a mais nova nem chegou a ter diário. Por favor, não nos julguem mal. Somos ótimos pais...pelo menos nos esforçamos muito pra isso. Mas, sabe como é....conseguir dar conta de tudo - e não surtar - é difícil. Eu ainda estou tentando chegar lá. O caso é que queria muito me expressar de alguma forma, e como não dá ficar toda hora enchendo o saco do marido e as amigas nem sempre estão por perto...cá estou eu. Espero não estar sozinha nesse mundo.
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Lu Soares
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17:17
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