terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Virei uma ciber viciada

"A" INTERNAUTA!! É assim que estou me sentido. E me "achando"...hehehe.

Eu uso a internet o dia inteiro aqui na agência, mas a trabalho. Ou para pesquisar moldes-modelos-tecidos para minhas bolsas. Acho que já comentei que não costumo ficar no computador "fora de hora".

Não costumava...

Nunca me interessei pelas redes sociais. Blog, orkut, facebook, twitter, myspace, etc., etc...pra quê? Usava no máximo o msn, porque agilizava o contato com clientes, fornecedores e amigos. Quem precisa saber de mim já sabe, me vê todos os dias, ou toda semana, ou tem notícias pelo telefone. Que necessidade é essa de ter que se expor para todos verem, até para quem não faz a mínima ideia de que existimos?

Pois é...como as coisas mudam, não? Como diz meu marido quando quer me repreender: "Nada como um dia após o outro." Sou obrigada a concordar. Outro ditado que nunca deve ser esquecido: "Nunca diga dessa água não beberei."

Os dias se passaram. Muitos deles...mas... eis que finalmente eu bebi a água da fonte cibernética! E cá estou. Completamente contaminada, tomada, viciada. Não consigo mais largar esse negócio.

Tá certo que a motivação inicial é bastante nobre, vender minhas bolsas. Mas acho que já fui além. "Fale de você", diz o texto no Facebook (ainda não completei meu perfil, por pura falta de tempo, mas chego lá). "Atividades que você gosta", "filmes e livros", "escreva sobre o que você quiser", "compartilhe", "twitte aqui". Parece o divã de um analista, ávido por decifrar o que se passa dentro de mim. Os apelos são tão irresistíveis... acabei cedendo.

A tela do computador acabou virando um confecionário. Mais que isso. Ela parece ser capaz de compreender todos os nossos problemas, parece nos acolher, dá aquele "colinho" alentador que tanto precisamos de vez em quando. E parece vibrar junto quando estamos felizes. Quando alguém deixa um comentário, "curte" ou "favorita" o que postamos, vira um "seguidor" ou "retweetta"....noooossa! A satisfação é a mesma de uma criança ganhando brinquedo novo. Alguém olhou o que eu fiz/disse/postei e gostou! Yes! Não sou uma alienígena no meu planeta.

Para resumir em duas palavras: inclusão e compreensão. É igual na escola - faz-se de tudo pra estar na "turma dos bons" ou das "poderosas" e ser um "igual". Ser um excluído é sofrer bulling na certa. Será que existe bulling cibenértico?

Bom, desse mal espero não sofrer mais. Tomara que eu não precise achar um tratamento mais tarde. Se precisar, talvez o google me ajude a encontrar.

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