quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Filhos também causam doenças

Desde que minha 2a filha nasceu, a Alana, muitas coisas mudaram na minha vida. Muuuuuitas coisas mesmo. E não me refiro apenas ao básico - mais trabalho, menos sono, mais bagunça, menos tempo...

Quando a Júlia nasceu, a mais velha, veio junto a sensação de que tínhamos virado uma família de verdade, até cachorra ganhamos. Mas foi depois da Alana que essa sensação de tornou plena, de verdade. Como se antes fosse apenas um ensaio, afinal - me desculpem as famílias de filho único - para mim e para o Paulo (ainda bem que concordamos) família tem que ser grande. Dois filhos é o mínimo. E três é o máximo... também não sou tão louca assim.

Entretanto...as coisas não são assim tão fáceis. Eu sei, eu sei... "lá vem ela se lamuriando de novo"... "que não tivesse filhos então". Mas eu adooooro minhas meninas. Elas são maravilhosas. Tão lindas, inteligentes, fofas, queridas. Cada vez mais me identifico nelas. E ao Paulo também. E isso é realmente o maior barato.

Mas ter filhos, especialmente mais de um, também pode deixar a gente doente. Principalmente quando se é meio estressada e já se passou dos 30 há algum tempo...

Pois é. Não lembro de nenhuma outra ocasião na minha vida em que precisei tanto de médicos quanto nesse último ano. Gripes, infecções de garganta, cistites e o pior de tudo - crises de labirintite, das feias. Volta e meia aparece uma pra estragar meus dias e me deixar feito zumbi, com a cabeça mais pesada que uma laje de concreto. Imunidade? Alguém viu a minha por aí? Preciso de um chip novo pra ela. Urgente, por favor!

Assumo que podia ter feito mais por ela. Não faço exercícios físicos há bastante tempo, nem sempre me alimento direito e o sono, coitado, anda mais perdido que cego em tiroteio. Esse aliás é o motivo das minhas labirintites constantes - falta de sono reparador - como descobri ontem num exame horrível que tive que fazer. Água quente injetada nos dois ouvidos, por 40 segundos. Para estimular o labirinto, disse a médica, e ver se a resposta ao estímulo é adequada. A resposta foi excessiva. Meu labirinto está funcionando demais. Muito sensível. Quase morri de tontura e náuseas. Quis gritar pra alguém fazer o mundo parar, porque estava tudo girando, mas não consegui. Tinha que respirar, muuuuuito, para não vomitar.

Cheguei em casa pior do que se tivesse passado a noite na maior das farras. Isso que, há menos de uma semana, passei um dia inteiro na cama, com virose. Vômitos, diarréia e um cansaço que me levava da cama para o sofá e do sofá de volta para cama. Só fiz dormir e correr para o banheiro.

Como o final do ano está chegando, é hora de fazer os planos para 2011. Na minha lista já constam: "trocar Alana de quarto" (sim, ela ainda dorme com a gente); "voltar aos exercícios"; "mais frutas e verduras"; "me estressar menos"... entre outras cositas más. Já é um começo.

Agora só falta fazer o fim ser um pouco mais tranquilo. O fim de 2010, é claro. Só preciso ficar mais calma, não ser tão escrava do relógio, encontrar uns minutinhos a mais pra mim e...torcer para eu não pirar depois que o meu marido fizer a cirurgia que ele precisa fazer, antes do reveillon... aiai.

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