Não sou uma mãe muito forte, nem muito segura, nem tranquila. Definitivamnte! Claro que brigo quando necessário (sou bem brigona, aliás), mas quando vêm aqueles olhinhos cheios de lágrimas, apelando, fazendo carinha de "porque você faz isso comigo mãe!"...não aguento!
Acabei de deixar minha pimpolha na escolinha, é o 3o. dia dela. O choro já começou no estacionamento. Estava agarrada em mim e a profe teve que fazer força pra conseguir tirá-la do meu cólo. Meu coração estava encolhido num cantinho do peito, sem poder olhar pra cena!
Alana |
Eu cheguei a pensar que com a Alana seria mais fácil - ela é a segunda, eu já sei como funciona, já sou "vacinada", sei direitinho o que pode e o que não pode, o que funciona e o que não. Ahã!! Mordi a língua de novo!
Mas sei também que não sou a única! Qualquer mãe que se preze fica com o coração na mão quando vê o filho em lágrimas. Aposto que quem escreveu os "manuais" das psicólogas, pedagogas, profes e todo povo que sabe tudo sobre educação infantil, era homem. Ou não era mãe ainda.
Essa história de "tem que ser forte, não pode ficar insegura, sua filha vai sentir sua insegurança e vai chorar mais ainda. Não se preocupe, ela vai ser bem cuidada" funciona bem só na teoria. Aposto que até a mais forte e bem resolvida das psicopedagogas fica balançada quando vê o filho "pedindo ajuda".
Tá. Posso estar pegando pesado. Me desculpem os profissionais da área. Nada pessoal contra ninguém. Muito pelo contrário, costumo ouvi-los muito. O problema sou eu. Tento mesmo seguir os conselhos, mas as vezes é tão difícil...
Ontem à noite teve reunião na escolinha da Júlia (domingo vai fazer 5 anos e agora, graças a Deus, à muita paciência e à profe nova, está gostando muito da escola). A psicopedagoga disse que o grande problema dos pais de hoje é a culpa que sentem por estarem fora de casa, trabalhando. Todo mundo sabe que o mal infantil do século é esse. Mas resolver isso internamente, no coração e na cabeça, é um pouco mais complicado.
Júlia |
Eu sei. Provavelmente sou eu que complico tudo. Estou cada vez mais convencida de que preciso é relaxar. Descomplicar. Deixar a vida nos levar e olhar as coisas com mais tranquilidade. Não preciso ser uma mãe perfeita. Preciso sim mostrar o que é certo e errado, sem perder o respeito e o amor das minhas filhas.
Ainda bem que isso é bem fácil de fazer!
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